Se você acompanha nossos conteúdos já deve saber que a gestão correta da Cadeia de Suprimentos é extremamente importante. Através dela é possível garantir a redução nos custos operacionais, já que evita diversos problemas como:
- Ruptura e excessos de estoque;
- Mau gerenciamento do tempo;
- Desequilíbrio financeiro.
O funcionamento do Supply Chain é pautado em dados e indicadores para assim gerar as informações necessárias, e garantir a assertividade na tomada de decisão.
Dentre os inúmeros indicadores que existem, há os que são mais expressivos e necessitam maior atenção para produzir uma avaliação correta acerca dos processos pertencentes a Cadeia de Suprimentos.
Acompanhe nosso artigo e conheça esses indicadores, que precisam ser mensurados para manter os processos da Cadeia de Suprimentos muito mais assertivos e seguros. Confira!
Conheça os principais Indicadores da Cadeia de Suprimentos
É por meio dos indicadores que conseguimos entender e validar o desempenho de processos, durante determinado período, para que a partir dessas informações extraídas, ações mais assertivas possam ser tomadas.
Abaixo listaremos quais são esses principais indicadores e como eles influenciam na elaboração dos dados, simplificando seu conceito para você entender como se aplicam na prática.
1. Giro de Estoque
Representa o critério utilizado na avaliação de desempenho do estoque de uma empresa. Sua função é identificar o número de vezes que o estoque de determinado “item” precisou de reposição conforme as vendas realizadas dentro de um prazo previamente definido.
Por meio desse indicador, é possível observar formas de dinamizar o tempo de armazenamento dos produtos.
Para a indústria, isso permite maior domínio sob o controle de produção. Já o varejo, torna-se capaz de identificar os padrões de consumo de seus compradores.
Você sabe como calculá-lo?
A fórmula é dada á partir dos valores de produtos vendidos, divididos por seu estoque médio em um período de tempo.
Observe o exemplo:
Uma empresa avaliará qual foi o giro de estoque do último trimestre, em que foram vendidas 2.000 unidades do produto X, possuindo um estoque médio de 100 unidades.
Giro de Estoque: 2.000/100 = 20 giros ao trimestre.
Outra situação que pode ocorrer é quando a empresa vende variedade de produtos, nesse caso o cálculo a ser realizado é o seguinte:
- Estoque*: R$ 7.000,00;
- Volume de vendas ao ano*: R$ 35.000,00;
- Cálculo: 35.000/7.000 = 5 giros por ano.
*Para os valores de venda, considere os valores de compra do fornecedor.
Essas informações, são úteis também para o entendimento da saúde financeira da empresa.
2. Cobertura de Estoque
Estima a quantidade de dias que os itens estocados levarão para sair do estoque, á partir da realização das compras pelos Shoppers. Assim, a previsão quanto ao reabastecimento dos produtos torna-se praticável.
Nos setores varejistas, esse indicador demonstra o desempenho de vendas, enquanto na indústria, sua aplicação pode expressar o prazo de duração da matéria-prima utilizada.
Aprenda o cálculo!
Esse cálculo considera a quantidade de produtos em estoque e a média de vendas. Essa, é igual ao número de itens vendidos dividido pelo número de dias.
Veja o exemplo:
Um supermercadista possui em seu estoque 120 produtos e pretende saber por quantos dias esses itens ficarão disponíveis. Tendo vista que a média de vendas é igual a 4,8 itens por dia, o cálculo será realizado da seguinte maneira:
Cobertura de Estoque: 120/4,8 = 25 dias
Além do varejo ou indústria entenderem se o produto ou matéria-prima cobrirão todas as demandas futuras, se haverá ou não necessidade de reabastecimento, acompanhar esse índice, é essencial para a organização da gestão dos estoques, auxiliando dessa forma a evitar perdas que possam causar problemas financeiros.
3. Ruptura
Ocorre quando o cliente não encontra o produto desejado em gôndola.
Uma situação como essa pode ocorrer devido a diversos motivos, dentre eles pode-se citar os seguintes:
- A falta do “item” no estoque;
- Problemas quanto a distribuição (atraso ou cancelamento);
- Falta de reposição nas prateleiras.
Diante deste cenário, consumidores tendem a ficar frustrados, além de prejudicar os ganhos do varejo, que deixa de vender a mercadoria. Portanto, mapear a origem da ruptura auxilia na resolução do problema, evitando assim que ele volte a vir a tona.
Além disso, a importância da disponibilidade de produtos se vincula diretamente ao fato de que 70% das decisões de compras são tomadas em frente a gôndola (confira mais informações em nosso infográfico).
Você sabe como calcular o índice de ruptura de estoque de sua operação? Veja o exemplo que separamos abaixo:
(Itens sem estoques/total de produtos da loja)x100
Digamos que sua loja possui um total de 150 itens, e desses existem 35 em falta.
(35/150)x100 = 23,3333%
O índice de ruptura de sua operação seria de 23,33%
4. Sell-In
Esse indicador é medido considerando somente as partes que antecedem a venda ao consumidor final. Ou seja, une os fabricantes aos distribuidores.
Dessa forma, a venda é destinada aquele que irá oferecer os produtos ao cliente, no término do processo.
Sendo assim, o fluxo nesta etapa ocorre da seguinte forma: a indústria supre proporcionalmente as demandas dos distribuidores segundo as projeções do varejo.
As vendas da indústria para varejo geralmente se dão em grandes volumes, por isso, a relação entre os dois elos deve ser bem trabalhada e muito transparente, evitando prejuízos para ambos os lados.
5. Sell-Out
O Sell-Out diz respeito a venda para o consumidor final, é ele quem avalia as vantagens dos produtos e da negociação em si.
É apontado como aquilo que é vendido nas lojas, por isso sua tradução pode ser entendida como “vender para fora”.
A negociação ocorre em linha reta, ou seja, de empresas para pessoas comuns ,em outras palavras o B2C, e um exemplo encontrado facilmente são as compras realizadas “direto de fábrica”.
Neste caso o varejo, por exemplo, deve ter uma preocupação quanto a disposição e oferta de produtos nos pontos de venda, facilitando e chamando a atenção dos clientes. Sendo que esse conceito também pode ser aplicado a indústria, na cadeia de suprimentos como um todo.
6. On-Time In-Full – OTIF
Esse indicador demonstra informações quanto ao processo logístico do produto, demonstrando se a entrega aconteceu no prazo e chegou até o varejo conforme as especificações solicitadas.
On-Time In-Full tem sua tradução relativa aos conceitos de pontualidade da entrega no local estabelecido e as características do pedido, como a quantidade correta sem haver danos nem substituições.
Pode ser dizer que esse é um dos indicadores chave da gestão de logística e para cadeia de suprimentos, pois ele mede a qualidade no processo logístico em várias frentes. Abaixo explicamos!
Veja como se desenvolve sua fórmula:
Inicialmente, é necessário relacionar os dois pontos distintamente.
Com esse propósito observe o histórico de entregas, considerando a quantidade total de entregas realizadas em determinado período, destacando o número de entregas completas e realizadas no prazo.
Veja o exemplo: se naquele mês a quantidade de pedidos era de 200, porém foram entregues 180 pedidos sem atraso, a taxa On-Time será igual a 0,9 (o resultado deve ser em porcentagem).
Em segundo lugar devemos analisar os pedidos completos entre as entregas feitas, se apenas 150 pedidos estavam corretos, a taxa In-Full obtida será de 0,75.
Com esses valores já calculados devemos multiplicá-los para encontrar o índice de OTIF:
OTIF: 0,9 x 0,75 = 67,5%
Considerando o exemplo a cima teríamos um baixo desempenho, já que as empresas buscam obter uma taxa acima dos 95%.
Essa métrica pode ser utilizada tanto por empresas B2B como para empresas B2C, ou qualquer operação que disponha de serviços de entregas para clientes.
7. Estoque Virtual
O estoque virtual é o registro de entrada e saída de produtos em um sistema. Realizado de maneira automatizada, otimiza a gestão de estoques, e por meio dele, é possível obter um cenário mais realista para compras e vendas.
O alinhamento com fornecedores também é facilitado quando o abastecimento de informações do estoque virtual é realizado corretamente.
É de extrema importância tomar cuidado no momento de registrar as entradas e saídas de produtos, por exemplo, evitar cadastros duplicados, erros no cadastramento de produtos, livram a empresa de vários problemas e prejuízos.
É de extrema relevância monitorar corretamente os registros de entradas e saídas de produtos, para assim evitar problemas que podem gerar prejuízos para a sua empresa. Dentre essas complicações, podemos citar como exemplo cadastros duplicados e erros na catalogação de produtos.
Além desses cuidados, é essencial evitar a desorganização e mal gerenciamento, pois eles podem ocasionar erros na tomada de decisão, comprometendo a operação de seu varejo.
A falta de sincronia entre estoque físico e virtual, pode prejudicar o nível de serviço e entregas para os consumidores finais. Quando isso ocorre duas situações são percebidas:
?? Estoque virtual positivo x estoque físico negativo: aqui configura-se a ruptura de estoque, ou seja, o shopper acaba não encontrando a mercadoria desejada em gôndola, e o gestor, demora a solicitar a reposição do “item”, por entender que os produtos existem em estoque.
?? Estoque virtual negativo x estoque físico positivo: neste caso o cliente também não encontra o produto em gôndola, porém a mercadoria existe no estoque. E o gestor no que lhe concerne, entendendo que o produto não existe, acaba fazendo uma nova compra, comprometendo espaço de armazenamento por aumentar o volume de itens, além de provocar impedimentos para o giro de estoque.
8. Excesso de Estoque
Assim como a falta de produtos em estoque (Ruptura), uma quantidade excedente também pode ser considerada um problema, esse indicador demonstra que o fluxo de venda de determinado “item” está baixo, ocasionando a superlotação da mercadoria.
Os excessos de estoque refletem uma grande quantidade de capital imobilizado, ou seja, dinheiro parado. Isso gera grandes prejuízos para seu negócio, em função de custos associados a estrutura e manutenção para armazenar esses itens.
Esse problema pode surgir devido a uma gestão desqualificada que não se apoie aos demais indicadores para administrar o estoque.
Geralmente surgem em consequência de mau planejamento ou pela falta de coordenação entre os diferentes elos da cadeia de suprimentos. Afim de eliminar isso, é preciso aplicar estratégias com foco na otimização de fluxos produtivos e distribuição.
9. Market Share
Também conhecido como “fatia de mercado” é tido como uma porcentagem que demonstrará a relevância da empresa em comparação com os concorrentes pertencentes ao mesmo segmento.
A “fatia”, ou seja, a quota que a empresa representa, é definida de acordo com sua colocação de importância, portanto quanto mais relevante for a empresa maior será a fatia de mercado que ela controla.
Para realizar esse cálculo é possível ponderar dados distintos, como o faturamento ou valor de mercado. No entanto, um problema que dificulta a obtenção de valores próximos à realidade atual do momento dessa verificação, é a circunstância onde as informações atualizadas sobre o concorrente não são tão acessíveis.
10. Shelf Life
O “tempo de prateleira”, assim como é traduzido, pode ser descrito como um indicador que revela o período de vida útil para produtos perecíveis, isto é, determina o prazo de validade para comercialização dos itens antes de seu comprometimento.
Quando uma mercadoria perde sua validade antes de a venda ser realizada acaba gerando prejuízos e perdas tanto para o varejo, quanto para a indústria.
Afinal, qual é a importância desses indicadores?
Como você deve ter percebido, os indicadores demonstram números, taxas e aspectos integrados diretamente ao o funcionamento do Supply Chain.
Caso não haja a interpretação correta de algum desses indicadores dentro do processo da Cadeia de Suprimentos a operação será comprometida, pois falhas irão ocorrer em alguma das etapas de sistematização.
Exatamente por esse motivo torna-se indispensável que os gestores sejam capacitados para atuar de forma eficiente na execução dos procedimentos, podendo também serem amparados por softwares que auxiliem diariamente, trazendo maior autonomia para a empresa durante o progresso das demandas de trabalho, o Indikatore SCM proporciona esse suporte.
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A Indikatore é especialista em sistema de gestão de abastecimento, demanda e estoques.
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