O tempo de compra do varejo dentro do antigo relacionamento com o fornecedor
Historicamente, o padrão de relacionamento entre o varejo supermercadista e seus fornecedores foi caracterizado muitas vezes por um comportamento distante, individualista ou até mesmo conflituoso. No passado, cada empresa dava atenção às suas próprias atividades, planejando e executando suas operações de forma isolada, sem uma visão sistêmica e colaborativa.
Devido ao foco em se beneficiar unilateralmente, as negociações entre as partes eram mais inflexíveis. Somado a isso, o tempo alocado na colocação de pedidos compras também era muito maior, uma vez que grande parte eram feitos manualmente. O resultado desse cenário era inevitável: a produtividade da operação do varejo saia prejudicada.
O tempo de compra do varejo dentro de uma relação mais estratégica com o fornecedor
Uma das melhores formas de minimizar incertezas na demanda é através da colaboração entre os parceiros da cadeia de abastecimento. Além de reduzir o tempo de resposta às variações da demanda, essa aproximação também permite o melhor balanceamento dos estoques. Com isso, as perdas de vendas geradas pela falta de estoque são reduzidas, e o nível de serviço aumentado.
Essa relação mais estreita entre a indústria e varejo já vem acontecendo há alguns anos e antes mesmo da pandemia, isso já era uma realidade em boa parte dos varejos regionais, médios e grandes.
Durante a surto do Covid-19, o varejo supermercadista teve um momento ímpar. No que diz respeito a tecnologia, esse segmentou chegou a evoluir 5 anos nos primeiros 5 meses. Nesse boom, sugiram muitas iniciativas para aproximar a indústria do varejo, potencializando ainda mais esse movimento do mercado. Houveram inclusive campanhas trademarketing direcionadas da própria indústria para o varejo.
Nesse contexto, a tecnologia serviu como facilitadora. Ela permitiu com que fosse possível oferecer as mais diversas alternativas para realizar essa aproximação entre varejo e fornecedor.
A tecnologia como aliada do varejo
Existe muito potencial nas soluções tecnológicas disponíveis. Por essa razão, é importante estar atento aos benefícios que podem ser agregados ao seu negócio ao fazer bom uso desse recurso. Um exemplo disso, é como a tecnologia pode ser usada para diminuir excessos de estoque.
A falta de uma boa a gestão de compras para manter o controle de estoque gera diversos problemas. A indisponibilidade de produto em gôndola, a perda de vendas devido a essa ruptura, e os altos custos operacionais devido aos excessos, são exemplos de efeitos negativos causados quando não se usa um sistema especialista em Supply Chain.
Para atingir a excelência no processo de Compras, Distribuição e Gestão dos Estoques é fundamental que o varejo tenha uma visão completa de toda a cadeia de abastecimento e demanda. Isso só é possível alcançar através do uso de tecnologia de ponta, como com um software próprio para tais funções. O Indikatore SCM foi construído pensando exatamente nessa necessidade do varejo de ter acesso a uma ferramenta potente para auxiliar na gestão do Supply Chain.
No entanto, é muito comum vermos os gestores analisando o nível de estoque simplesmente pela cobertura financeira. Quando isso ocorre, é somado o valor investido em estoque, e dividido pelo valor da venda na mesma base – geralmente a preço de custo. Infelizmente, esse cálculo acaba mascarando erros. Nesses casos, SKUs em excesso compensam os SKUs em ruptura e, na média, o número que resulta disso engana ser bom.
A própria Super Varejo, portal referência no segmento supermercadista, reforçou a sua contra-indicação a tomada de decisão baseando-se na média. O problema é que trabalhar apenas com dados médios expõe o seu negócio a um risco muito grande. Esses erros podem gerar um retrabalho da equipe, retardar o tempo de compra do varejo e prejudicar a eficiência da operação do negócio.
Cenários onde a exposição ao risco é ainda maior, ocorrem quando os cálculos para colocação de novos pedidos são feitos manualmente, com tecnologias muito simples e de baixa precisão. Para esse tipo de situação, o tempo de compra que os colaboradores precisam alocar é maior, enquanto rupturas e excessos de estoque se tornam ainda mais frequentes.
Consequências de compras ineficientes
De um lado, a falta de produtos nas gôndolas é uma grande causadora de insatisfação nos consumidores e uma das maiores responsáveis pelas quedas de vendas e lucratividade do varejo da indústria. A resposta do consumidor perante a falta de produtos em gôndola não alivia em nada o varejo.
Por outro lado, quando existe o excesso de produtos, o fluxo de caixa do varejo fica comprometido. Nesses casos, frequentemente ocorrem discussões de negócio com a indústria para que essa arque com as trocas de produtos vencidos ou reduza as margens.
Uma pesquisa mais detalhada da Nielsen apontou que esse efeito poder ser muito mais danoso em algumas categorias específicas, como nos segmentos de Higiene e Beleza. Para esse grupo de produtos, 24% dos consumidores desistem da compra se não encontram a mercadoria e 30,3% procuram a marca em outro local. Já nas Bebidas, só 1,8% desistem da compra, porém expressivos 34,7% procuram a marca em outro local. Imagine o tamanho da perda, caso seu competidor esteja melhor preparado para atender a demanda deste shopper?
O novo olhar para gestão de Demanda, Compras e Distribuição
Contextualizado o problema, a solução pode ser complexa, mas é efetiva: O Supply Chain precisa ser usado como diferencial competitivo do varejo. Isso exige disciplina e quebra de paradigmas.
Para te ajudar nessa trajetória, elaboramos duas ações para reduzir o tempo de compra do varejo que trazem grandes resultados.
- A primeira ação proposta para reduzir o tempo de compra do varejo é identificar as causas ou restrições que fazem com que o varejo e a indústria mantenham suas informações guardadas, ao invés de compartilhadas. Isso é importante porque existe uma série de oportunidades e ganhos mútuos, quando adotado um modelo colaborativo de planejamento de vendas e abastecimento. Dessa forma, é possível alcançar uma melhor sinergia entre consumidor final, varejo e fornecedor.
- Como segunda ação, vemos a necessidade de uma revisão do mix. Com uma frequência cada vez maior, observamos lançamentos de novos produtos, e a redução do ciclo de vida das mercadorias. O número de lançamentos de produtos por parte das indústrias vem aumentando constantemente, tornando a equação de equilíbrio entre estoque e demanda mais complexa.
Obviamente, nem todos os fornecedores são parceiros do negócio em potencial ou oferecem entrega contínua e regular. Dito isso, fica claro que um modelo em que haja plena colaboração entre os elos da cadeia funciona melhor para empresas parceiras.
Somado a isso, existem outros geradores de complexidade como o Omnichannel, que se firmou no varejo durante a pandemia, e o alto volume de SKUs cadastrados, que acabam tornando ainda mais desafiador disponibilizar o estoque no local correto, na quantidade certa e no momento da necessidade.
Outros tantos fatores ainda influenciam no tempo de compra do varejo, como pricing, negociações de pontos extras, ofertas e períodos sazonais. No entanto, trataremos esses temas em outros artigos, fato aqui é mostrar que fatores simples do cotidiano já elevam o grau de complicação das atividades dos compradores. Isso nos leva a concluir que é muito difícil comprar todos os SKUs com qualidade sem ter uma ferramenta tecnológica específica para tal.
No setor de compras, temos que implementar o máximo possível a política de PUXAR os estoques. Isso significa que o fornecedor e comprador devem estar acompanhando o escoamento do seu produto na cadeia, ou seja, a demanda do sell-out. Infelizmente, conseguir monitorar toda essa movimentação em tempo real é praticamente impossível sem o apoio de tecnologia de ponta.
Felizmente, com o Indikatore SCM, além de otimizar de todo o processo de compras e abastecimento das suas lojas, nossa plataforma ainda é capaz de reduzir o tempo de compra do varejo em até 70%. Isso permite que o comprador assuma um papel mais estratégico dentro da organização, com foco em gerar negociações melhores, enquanto constrói um relacionamento mais próximo com o fornecedor.
Nosso software consegue entregar essa performance ao varejo pois com ele utiliza a tecnologia a favor do negócio, auxiliando na tomada de decisões mais fundamentas em dados e assertivas. Assim, isso prepara o terreno para o comprador entregar resultados sem gastar tempo manipulando dados.