O novo consumidor
Durante esse período de pandemia, o consumidor tem mudado seus hábitos de compra, desde a forma como a realiza, até a quantidade de produtos que adquire.
Com todas essas mudanças financeiras, os hábitos de compra vem mudando. Os principais são:
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Durante a pandemia, foi verificado que a quantidade de produtos comprados pelos chineses individualmente a cada ida ao supermercado aumentou 69%, esse aumento se dá pelo objetivo de reduzir a frequência das saídas de casa e garantir os produtos disponíveis e estocados. Por isso, agora mais do que nunca, é essencial que as mercadorias estejam sempre disponíveis na gôndola. Como a frequência de compras diminui e a quantidade aumentou, se o produto que o consumidor necessita não estiver disponível, a chance de ele escolher outra marca ou outro local para comprar é maior. O objetivo não é mais a fidelidade a marca ou estabelecimento, mas a segurança e adaptabilidade. Leia também: Como prevenir a ruptura de estoque
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Moradores de casas com crianças declaram que as compras online aumentaram 42% durante a pandemia, mais do que a média nacional de 32%. A principal razão para esse aumento, segundo eles, é a economia de tempo⁴. Essa é uma tendência atual, mas que com certeza permanecerá depois desse período.
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No Brasil, os estabelecimentos preferidos dos consumidores para, tanto para compras urgentes, de reabastecimento ou de estoque, são os pequenos varejos próximos da sua residência com opções de autoatendimento, esse modelo de negócio tem aumentado significativamente devido a proximidade, por evitar aglomerações e contato físico entre as pessoas, e consequentemente, a contaminação do vírus. O touchless (varejo sem toque) é a tendência que tem crescido nos últimos meses, visando reduzir a interação humana durante as compras para garantir a segurança de todos.
Como as empresas devem agir
De acordo com a McKinsey, as empresas resilientes que vencerão a crise, tem em comum três atitudes:
– Responder Garantir medidas apropriadas de resposta a crise
– Retomar Gerenciar o período de crise e endereçar oportunidades para uma retomada mais saudável e rentável
– Reimaginar Reimaginar como será o “novo normal” e definir implicações em como a empresa deveria reinventar e desenhar a estratégia e operação
Valores sociais
O COVID-19 mudou o mundo que conhecemos de várias formas, e diante de tantas incertezas e mudanças, muitos valores sociais de cooperatividade, bem-estar e liberdade foram amplificados nas pessoas. Além disso, todos estão muito mais sensíveis emocionalmente a todas as interações. Marcas que souberem se posicionar como auxiliadoras da sociedade e contribuírem com a gestão da crise, fazendo algo efetivo a respeito do momento atual, é que serão lembradas pela comunidade.
Controle
Há quase dez anos, Harvard publicava um artigo dizendo que o gerenciamento de incertezas e a adaptabilidade seriam as novas vantagens competitivas de empresas⁵. Hoje, isso está mais claro do que nunca, como diz a Universidade em um artigo publicado recentemente:
O Covid-19 acabará desaparecendo, mas isso não significa que a tomada de decisões de negócios deva retomar sua encarnação anterior. A qualidade da análise de dados permanecerá sendo instrumento essencial para a tomada de decisões sábias sobre os clientes. Os varejistas que podem aproveitar os dados de maneira rápida e inteligente manterão seus negócios e uma vantagem competitiva a longo prazo.
Inovação
Talvez você já tenha ouvido falar sobre as grandes invenções que surgiram durante a guerra, mas as epidemias e pandemias anteriores também desencadearam grandes inovações que mudaram a forma como as pessoas viviam em suas épocas. A epidemia de varíola, por exemplo, foi um dos catalisadores do desenvolvimento de imprensa, já que muitas pessoas discordavam sobre a técnica utilizada para controlar a doença e começaram a utilizar artigos publicados nos jornais para discutir o assunto, criando assim o primeiro jornal independente dos Estados Unidos⁶.
O alto custo de não agir
As mudanças nos hábitos de compra devem servir como um alerta para a necessidade das empresas se adaptarem ao consumidor, abrindo mão das estratégias que se tornaram obsoletas e atribuindo novas ferramentas e técnicas que auxiliarão na gestão dos suprimentos. O cenário nos cerca de novas possibilidades e as empresas devem responder a isso com inovação.
Inovar não é opcional, inovar é a única forma de viver em um mundo diferente do que conhecíamos antes. O custo de não agir é muito alto.